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Unrwa declara aberto ano escolar para 500 mil estudantes no Oriente Médio BR

Comissário-geral da Unrwa, Pierre Krähenbühl, visita escola na Faixa de Gaza em 14 de setembro de 2014 para celebrar o início do ano escolar. Foto: Unrwa/Shareef Sarhan

Unrwa declara aberto ano escolar para 500 mil estudantes no Oriente Médio

Chefe da agência da ONU afirmou que alunos vão retornar às salas de aula de acordo com o plano; secretário-geral afirmou estar “aliviado” que a Unrwa poderá abrir seu ano escolar “garantindo a educação de 500 mil estudantes" na região.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

A agência da ONU de Assistência a Refugiados Palestinos, Unrwa, declarou nesta quarta-feira aberto o ano escolar 2015/2016 nos colégios que financia.

Um grande déficit financeiro quase forçou o atraso na abertura das 685 escolas da agência no Oriente Médio, onde estudam 500 mil meninos e meninas.

Direito

Segundo o comissário-geral  da Unrwa, Pierre Krahenbuhl, “estudantes vão retornar à escola de acordo com o planejado na Palestina, Jordânia, Líbano e Síria” entre 24 de agosto e 13 de setembro.

Segundo seu porta-voz, o secretário-geral da ONU está “aliviado” que a Unrwa poderá abrir seu ano escolar garantindo a educação para os estudantes em escolas da ONU no Oriente Médio.

Ban Ki-moon destacou que “educação é um direito” e que “direitos atrasados são direitos negados”.

Ele declarou que “graças à generosidade dos Estados-membros da ONU” e “ações incansáveis” para levantar fundos, este direito poderá ser realizado.

Para o chefe da ONU, isto “não pode ser subestimado em um momento de extremismo crescente em uma das regiões mais instáveis do mundo”

Compromisso

O secretário-geral reafirmou seu compromisso em trabalhar com os países para colocar a Unrwa em uma sólida posição financeira para evitar uma situação onde a agência seja forçada à beira de uma decisão que teria tido “consequências humanas trágicas”.

Ban pediu aos Estados-membros apoio a suas ações em nome de crianças palestinas refugiadas e suas famílias.

Para eles, segundo o chefe da ONU, “educação é um passaporte para dignidade”.

O secretário-geral também ressaltou que é preciso fazer todo o possível para proteger os serviços centrais do mandato da Unrwa até o momento em que os refugiados palestinos tenham a sua situação resolvida no contexto de uma solução justa e duradoura, com base no direito internacional e nas resoluções da ONU.

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