ONU pede calma em relação a caso suspeito de ébola na Tanzânia
Paciente era refugiado do Burundi e caso foi na região de Kigoma, no nordeste do país, e morreu a 10 de agosto; nenhum contacto teria apresentado sintomas semelhantes.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, e a Organização Mundial da Saúde, OMS, fizeram um apelo por calma em meio a relatos da morte de um refugiado com suspeita de ter contraído o vírus do ébola na Tanzânia.
O caso foi na região de Kigoma, no nordeste do país. Os relatos surgiram após a morte, no dia 10 de agosto num hospital, do homem que era refugiado do Burundi.
Refugiados
O paciente que morreu havia residido no campo Nyarugusu por três anos e estava entre os refugiados que participam do programa de reassentamento dos Estados Unidos.
No dia 9 de agosto, o elemento foi enviado ao hospital regional de Kigoma, Maweni, com sangramento nas gengivas, olhos e ouvidos, fadiga e comichão no corpo. No entanto, ele não tinha febre.
O paciente estava sob tratamento na instalação de saúde quando morreu, no dia seguinte. O seu corpo foi enterrado com supervisão próxima da equipa médica regional e da equipa da OMS.
Viagem e Contato
Segundo o Escritório do representante da ONU na Tanzâniza, não há evidências de que o paciente que morreu tenha viajado para fora da região de Kigoma nos último três anos nem recebido visitantes de nenhum dos países afetados pelo ébola na África Ocidental: Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa.
Segundo as agências, é pouco provável que ele tivesse ébola. No entanto, precauções foram tomadas e continuam.
Amostras de sangue do paciente que morreu, sua esposa, filhos e cuidador foram coletados e enviados ao laboratório nacional para investigação adicional.
Precaução
Como medida de precaução, a OMS aconselha monitoramento contínuo de todos os contactos, lavagem de mãos e manutenção de um alto padrão de higiene pessoas.
A representante do Acnur na Tanzânia afirmou que a agência está “consciente que a situação causou séria preocupação” entre refugiados, doadores e na população do país, em geral.
No entanto, Joyce Mends-Cole declarou que o Acnur pede uma “abordagem calma da situação enquanto espera os resultados dos testes e apela aos media que não use linguagem alarmista”.
Todos os movimentos dos refugiados foram interrompidos e as práticas de higiene revisadas. Ao mesmo tempo, como afirmado pelo governo, todas as pessoas em contato com o paciente que morreu foram isoladas e nenhuma apresentou sintomas semelhantes.
*Apresentação: Denise Costa.
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