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ONU lamenta morte de pai de bebê palestino queimado na Cisjordânia BR

Nikolay Mladenov. Foto: Unami

ONU lamenta morte de pai de bebê palestino queimado na Cisjordânia

Sa’ad Dawabsha não sobreviveu aos ferimentos e faleceu neste sábado; coordenador da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio reforça que “extremistas” e autores do “ato de terrorismo” precisam ser levados à Justiça.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Morreu neste sábado Sa’ad Dawabsha, o pai de um bebê palestino queimado vivo há uma semana, num ataque que chamou a atenção mundial. A família estava em casa em 31 de julho, no vilarejo de Duma, na Cisjordânia, quando o local foi incendiado por judeus extremistas, segundo agências de notícias.

O bebê de 18 meses morreu, enquanto seu irmão de quatro anos e seus pais foram internados. Mas neste sábado, o pai da família não sobreviveu aos ferimentos. O coordenador da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio lamentou a morte.

Ajuda Médica

Nickoklay Mladenov falou em “muita tristeza” ao saber da morte, apesar dos “excelentes cuidados” que Sa’ad recebeu de “profissionais médicos israelenses e palestinos”.

Em nome da “família das Nações Unidas”, o representante enviou os pêsames aos parentes da família, aos amigos e à comunidade de Duma. Mladenov afirmou que “os pensamentos e orações vão agora para o menino Ahmed e sua mãe, Riham, que continuam lutando pela vida”.

Justiça

Ele reforçou o pedido do secretário-geral da ONU, para que os “autores deste ato hediondo de terrorismo, que foi condenado universalmente, sejam levados à Justiça”.

Mladenov pede que líderes políticos, comunitários e religiosos trabalhem juntos e “não permitam que extremistas piorem a situação e tomem controle da agenda política” do Oriente Médio.