ONU apela a maior cooperação com Arábia Saudita após ataque que matou 15
Conselho de Segurança defende que seja feita justiça os autores da ação, reivindicada pelo Isil; ato supostamente suicida é considerado o pior ataque singular contra as forças de segurança sauditas em anos.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança condenou "nos termos mais fortes" o ataque terrorista contra uma mesquita na sede das Forças Especiais de Emergência da Arábia Saudita, que esta quinta-feira matou 15 pessoas.
O ato reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, ocorreu na província de Asir. Agências de notícias informaram que a ação, supostamente provocada por um suicida, foi "o pior ataque singular contra as forças de segurança sauditas " em vários anos.
Terrorismo
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também reagiu ao ataque reiterando que não há justificação para ataques terroristas em locais de culto. Ele disse esperar que os autores sejam levados à justiça.
Os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança sublinharam igualmente a necessidade de levar à justiça os autores, os organizadores, os financiadores e os patrocinadores desses "atos de terrorismo".
O órgão insta a todos os Estados a cooperar ativamente com as autoridades sauditas nesse sentido, cumprindo as suas obrigações sob o direito internacional e as resoluções do Conselho.
Intolerância e Violência
Após expressar condolências às famílias das vítimas e ao Governo da Arábia Saudita, os países-membros reiteraram que o Isil "deve ser derrotado" e que a "intolerância e a violência que este defende devem ser erradicados".
O órgão declara-se não intimidado pela continuação dos atos, e que estes reforçam a determinação de que deve haver um esforço comum entre os governos e instituições, incluindo os da região afetada, para combater o grupo.
O objetivo também é conter grupos aliados como o "Ansar Al Sharia e todos os outros indivíduos, grupos, empresas e entidades associados à al-Qaeda".
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