Acnur: quase 400 refugiados salvos após naufrágio na costa da Líbia
Segundo estimativas, havia 600 refugiados e migrantes a bordo; segundo porta-voz da agência da ONU, “maioria das pessoas chegando à Europa através do Mediterrâneo, ou 200 mil este ano, estão fugindo de guerras e conflitos”.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.*
Quase 400 pessoas foram resgatadas até o momento de uma embarcação que naufragou na costa da Líbia, enquanto tentava cruzar o Mar Mediterrâneo.
As informações são do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur. Segundo estimativas, havia 600 refugiados e migrantes a bordo.
Tragédia
A agência adicionou que foram encontrados os corpos de 25 pessoas, mas dezenas de outras ainda estão desaparecidas e presumidamente mortas no último incidente que ocorreu nesta quarta-feira.
Antes desta tragédia, 2,1 mil pessoas haviam morrido até o momento este ano tentando cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa.
A porta-voz do Acnur afirmou que “refugiados e migrantes não merecem morrer buscando uma vida melhor”.
Superlotados
Melissa Fleming afirmou que sobreviventes descreveram que o barco estava lotado e que as pessoas entraram em pânico quando viram uma embarcação de resgate se aproximando. Elas teriam corrido para um lado, virando o barco.
De acordo com as pessoas na embarcação de resgate, o navio de pesca frágil e superlotado afundou em poucos minutos.
Segundo o Acnur, havia corpos, coletes salva-vidas e detritos na água e as equipes de resgate fizeram o que podiam para salvas as pessoas assutadas.
Traficantes
Fleming afirmou declarou que a “maioria das pessoas chegando à Europa através do Mediterrâneo, e houve 200 mil este ano, estão fugindo de guerra, conflito e perseguição”.
A porta-voz da agência culpou contrabandistas “impiedosos e gananciosos” por colocarem um número tão grande de pessoas em embarções inadequadas.
Ela pediu maior financiamento para ajudar a abordar a crise e conter o fluxo de pessoas desesperadas.
*Apresentação: Leda Letra.
Leia mais:
Mediterrâneo é rota "mais fatal" para migrantes, diz agência parceira da ONU