Polícia da ONU fala de táticas nos ataques na República Centro-Africana

Missão prestou tributo a um elemento da força da operação de paz morto por grupos armados na capital; atacantes usam armas ligeiras, lança-foguetes e lançam combustível para viaturas.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O comandante da polícia da Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca, condenou esta quinta-feira os ataques de homens armados contra as forças da operação de paz.
Luís Carrilho falava à Rádio ONU, em Bangui, após uma cerimónia em memória ao policia camaronês Johnson Djomo, morto em ação no domingo. Ele revelou a tática dos ataques de grupos armados na capital centro-africana.
Granadas
"Temos, infelizmente, a registar um morto e nove feridos. O nosso camarada Johnny, que infelizmente faleceu vítima desses ataques com tiros, com granadas, com RPGs (granadas lançadas por foguete), e com gasolina e depois tentando queimar os nossos veículos. Estes são, no Estado de direito, ataques inaceitáveis."
Carrilho reiterou que estava em execução uma operação para cumprir uma ordem judicial para deter suspeitos e entregar às autoridades. Um irmão da vítima ficou ferido no incidente ocorrido no bairro PK5.
Grupos Armados
Falando esta quarta-feira no Conselho de Segurança, o representante especial do secretário-geral na República Centro-Africana disse que várias partes do país ainda são alvo de grupos armados.
Babacar Gaye declarou que a segurança melhora gradualmente em Bangui, onde a vida tende a normalizar e há uma sensação de confiança.
Para o responsável, o retorno de deslocados para outras áreas da cidade, após terem estado albergados no acampamento do aeroporto, é um indicador de uma tendência positiva, mas frágil.
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