Ban destaca como "grande realização" visita de Obama a África
Expetativa do secretário-geral é que este mês haja acordo entre os envolvido no conflito sul-sudanês; tema foi abordado no encontro entre Ban Ki-moon e Barack Obama na Casa Branca.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, mencionou a recente visita de Barack Obama a África entre o que chamou de "realizações diplomáticas históricas" do governo norte-americano.
Ban citou o continente africano, esta terça-feira, na Casa Branca, ao falar de ações que incluem o acordo nuclear entre o Irão e as potências ocidentais e a normalização das relações diplomáticas entre os EUA e Cuba.
Reunião
Em relação ao Sudão do Sul, Ban disse que a convocação de uma reunião entre Obama e líderes africanos sobre o país teve um "grande impacto".
O chefe da ONU falou de "trabalho duro" da organização com a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, Igad, e a União Africana. A meta é que um acordo seja adotado entre as partes do conflito sul-sudanês na cimeira do bloco regional prevista para este agosto.
Clima
Esta segunda-feira, Obama anunciou o Plano de Energia Limpa contra mudanças climáticas. Ban agradeceu o empenho pessoal do líder norte-americano iniciado com países que incluem a China, o Brasil e a Índia.
O chefe da ONU disse que em setembro, à margem da Assembleia Geral, vai ter pequenos encontros com os líderes durante os quais espera a liderança de Obama.
Em relação à Síria, Ban revelou esforços para levar assistência humanitária aos necessitados. O chefe da ONU lembrou que ele e o seu enviado especial para o país, Staffan de Mistura, propuseram a criação de quarto grupos para colocar em prática o Comunicado de Genebra.
Conflito Iemenita
Sobre o Iémen, Ban reiterou que não há uma solução militar e que esta "só deve ser política através do diálogo". Ele falou da coordenação com os países do Golfo, liderados pela Arábia Saudita. O seu enviado trabalha na região com as partes envolvidas.
O secretário-geral pediu apoio aos países para que seja dada uma "assistência humanitária generosa" ao Iémen, onde 21 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária urgente. O número equivale a 80% da população do país.
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