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Plano dos EUA "mostra determinação" contra aquecimento global

Produção de energia eólica. Foto: ONU/Eskinder Debebe

Plano dos EUA "mostra determinação" contra aquecimento global

Declarações são do secretário-geral das Nações Unidas; Barack Obama revelou Plano de Energia Limpa para baixar emissões de carbono no setor energético em 32%, até 2030, em relação aos níveis de 2005.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O secretário-geral das Nações Unidas disse que o Plano de Energia Limpa apresentado esta segunda-feira pelo presidente dos Estados Unidos "demonstra a determinação" do país para combater o aquecimento global.

As declarações constam em nota lida pelo porta-voz de Ban Ki-moon, em Nova Iorque. No comunicado, Ban revela acreditar que a proposta possa permitir economizar dinheiro e fazer crescer a economia norte-americana.

Oportunidades

Stephane Dujarric disse que o plano também reconhece a obrigação de todos em deixar um planeta para as futuras gerações, que ofereça oportunidades para o desenvolvimento sustentável.

O chamado Plano de Energia Limpa prevê o corte das emissões de gases com efeito de estufa em cerca de um terço, nos próximos 15 anos, nas estações de energia norte-americanas.

O foco das medidas será para a energia eólica, solar e outras fontes energéticas renováveis. O objetivo é baixar, até 2030, as emissões de carbono do setor energético em 32%, em comparação com os níveis de 2005.

Mortes e Ataques

Ao revelar a estratégia, em Washington, Obama disse que esta deverá evitar até 3,6 mil mortes prematuras. A sua expectativa é que sejam evitados 1,7 mil ataques cardíacos não-fatais e 90 mil ataques de asma em crianças.

Para Ban Ki-moon, o plano é um "exemplo da liderança visionária", necessária para reduzir as emissões e para combater as alterações climáticas.

O secretário-geral agradeceu o que chamou de forte liderança pessoal do presidente norte-americano em relação ao assunto. Ambos deverão encontrar-se esta terça-feira na Casa Branca.

A mensagem do chefe da ONU refere ainda que "a liderança pelo exemplo" é essencial para fazer com que outros países-chave se juntem e garantam um acordo universal, durável e significativo na COP-21 em Paris, em dezembro.