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Timor-Leste considera ideia de banco comercial para a Cplp

Foto: ONU//Stuart Price

Timor-Leste considera ideia de banco comercial para a Cplp

Vice-chefe da diplomacia do país que preside o bloco fala da necessidade de antecipar efeitos de crises económicas; vantagens incluem potencial dos Estados-membros e presença em quatro continentes.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Timor-Leste defendeu a criação de um banco comercial para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp. Até 2016, o país  lidera o bloco de nove Estados-membros.

Para defender a proposta, Roberto Soares disse haver necessidade de antecipar os efeitos de crises económicas, além de buscar alternativas da sua prevenção. Ele esteve em Nova Iorque, até esta sexta-feira, onde participou numa sessão do Conselho de Segurança.

Nações Lusófonas

Falando à Rádio ONU, Roberto Soares afirmou haver várias possibilidades económicas nas nações lusófonas, o que já tinha permitido a Díli avançar com a ideia de exploração energética conjunta, explicada na conversa:

"Uma iniciativa sobre o estabelecimento de um consórcio de exploração de energia e petróleo entre os países da Cplp. A outra é a ligação de possibilidades para que a Cplp possa estabelecer um banco de comércio que reforce a potencialidade económica dos países da organização."

Soares disse que os membros do bloco apresentam características e possibilidades únicas, tendo destacado a importância da presença dos Estados-membros em quatro continentes.

Globalização

"Os membros da Cplp são provenientes da Europa, de África, da América Latina e da Ásia, que é Timor-Leste neste caso. Têm potencialidades muito grandes, não só ligadas ao setor de energia e petróleo mas também à agricultura e ao turismo. Se tiverem uma visão, determinação vão promover mais e melhor os países, os indivíduos e a organização. Talvez tenham mais vantagens para contribuir para a globalização económica, nesta fase."

O governante disse que após 19 anos da criação da Cplp, uma perspetiva económica poderia significar um passo em frente para os países-membros. Além de contribuir para a salvaguarda da língua, Soares vê uma Cplp  fortalecida a contribuir para a paz e para a estabilidade nos integrantes bloco.

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