Afirmação é do coordenador humanitário da ONU no país, Johannes Van der Klaauw; em Áden, cidade ficou destruída, incluindo danos em hospitais, escolas e mesquitas; total de mortos e de feridos no país chega a 23 mil.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Segundo o coordenador humanitário da ONU no Iêmen, as consequências do conflito são “catastróficas”. Johannes Van der Klaauw esteve em Áden e confirmou que a cidade foi devastada.
Durante a visita, o representante da ONU ouviu testemunhos de assassinatos, de fome e de “desespero” de famílias que tentam encontrar alguma segurança em meio à violência.
Destruição
As Nações Unidas calculam que em quatro meses de conflito, 23 mil pessoas foram feridas ou morreram em todo o país. Hospitais, escolas, portos, mesquitas e residências foram destruídos ou tiveram suas estruturas muito danificadas.
Van der Klaauw repetiu seu apelo a todos em conflito, para que acabem com os ataques. A ONU e agências parceiras trabalham para restaurar os sistemas de saúde, água e saneamento.
Financiamento
Mas até agora, a organização recebeu apenas 15% dos US$ 1,6 bilhão necessários para manter a ajuda humanitária ao Iêmen ao longo do ano.
A coalização liderada pela Arábia Saudita anunciou uma pausa humanitária unilateral que vai durar cinco dias, medida que entrou em vigor a meia-noite. Após a decisão, o secretário-geral da ONU pediu a todos os lados em conflito no Iêmen para que suspendam suas operações militares.
Ajuda Humanitária
Ban Ki-moon voltou a ressaltar a importância de se permitir o acesso no país de todos os trabalhadores humanitários, que segundo ele, tentam “desesperadamente” ajudar os civis afetados pelo conflito.
Ban também pediu aos houthis, ao Congresso Geral do Povo e a todos os outros partidos para que ajam de boa fé durante a pausa humanitária e evitem qualquer tipo de escalada do conflito.
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