Agência fala de acolhimento dos migrantes em condições "terríveis"; 100 mil refugiados chegaram ao país europeu em 2015; Acnur também defende ajuda para países como Turquia, Líbano e Jordânia.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, instou a União Europeia a fazer mais para ajudar a Grécia a lidar com o fluxo de migrantes.
Estima-se que 100 mil refugiados chegaram ao país europeu, este ano. Cerca de 60% são provenientes da Síria. Cidadãos da África Subsaariana também estão entre os recém-chegados, que incluem afegãos e iraquianos.
Preocupação
Em nota, a agência da ONU revela estar extremamente preocupada com o piorar da situação na Grécia.
Falando a jornalistas, em Genebra, o porta-voz do Acnur descreveu o que chamou de dificuldades reais no país europeu.
Wiilliam Spindler disse que não há uma movimentação suficiente e adequada da União Europeia para lidar com a situação. Como acrescentou, em alguns casos são voluntários locais e turistas que mais se esforçam para ajudar os refugiados do que as autoridades gregas.
Sírios
A agência da ONU pediu mais ações do bloco europeu para apoiar países como Turquia, Líbano e Jordânia. Juntos, estes abrigam mais de 4 milhões de refugiados sírios.
O Acnur recebeu 12% do financiamento para operar em território turco, que acolhe 2 milhões de sírios.
Vontade Política
Em relação à atuação das autoridades gregas, Spindler disse que estas alegam não ter recursos necessários, mas defende ser uma "questão de vontade política".
O representante pediu mais rapidez no registo dos recém-chegados e melhoria das condições de acolhimento consideradas "terríveis".
O Acnur também quer melhores condições para receber os refugiados, que incluem o fornecimento de água e de alimentos. Neste momento, essas atividades são levadas a cabo, principalmente, por voluntários locais.
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