Nações Unidas saúdam libertação de jornalistas na Etiópia
Dois blogueiros e quatro jornalistas estavam presos porque reportavam sobre questões políticas e sociais; alto comissariado para Direitos Humanos e relator lembram, no entanto, que outros profissionais continuam detidos no país.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
O Escritório do Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos saudou a libertação de seis profissionais da comunicação que estavam presos na Etiópia.
Dois blogueiros que contribuíam para o coletivo Zona 9 e três jornalistas estavam a ser acusados de actos relacionados ao terrorismo e ficaram na prisão por mais de um ano.
Já o jornalista premiado Reeyot Alemu havia sido preso em 2011 e condenado a 14 anos de prisão. A pena foi reduzida para cinco anos, mas ele também foi libertado na quinta-feira.
Revisão de Leis
O Escritório de Direitos Humanos lembra no entanto que outros sete jornalistas e quatro blogueiros do coletivo Zona 9 continuam detidos e por isso, é feito um apelo às autoridades para que libertem todos os profissionais presos “por exercer os seus direitos à liberdade de opinião e de expressão”.
Na nota divulgada esta sexta-feira, a representação do alto comissário da ONU pede ao governo da Etiópia que “reveja as suas leis antiterrorismo e leis sobre a mídia, para que estejam de acordo com os direitos humanos internacionais.
Desculpa
O comunicado ressalta que “a luta contra o terrorismo não pode servir de desculpa para intimidar e silenciar jornalistas, blogueiros e ativistas de direitos humanos”.
A libertação dos seis profissionais também foi saudada pelo relator especial da ONU sobre liberdade de expressão. David Kaye destaca que “prender jornalistas e ativistas que contribuem para o debate público é inaceitável e não contribui para a segurança nacional”.
*Apresentação: Denise Costa.