Alerta foi dado pela vice-coordenadora de ajuda de emergência no país, Kyung-Wha Kang; guerra já matou mais de 220 mil e feriu mais de 1 milhão.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A vice-coordenadora de ajuda de emergência da ONU para a Síria alertou esta segunda-feira que “a violência continua com profunda impunidade na região” e que no último mês não houve qualquer redução na brutalidade cometida pelos dois lados do conflito.
Em pronunciamento no Conselho de Segurança sobre a situação humanitária na nação árabe, Kyung-Wha Kang afirmou que a guerra na Síria já matou mais de 220 mil pessoas e feriu mais de 1 milhão.
Deslocados
Ela declarou que o número de deslocados internos por causa do conflito chegou a 7,6 milhões e mais de 4 milhões fugiram para países vizinhos.
Kyung-Wha Kang declarou que o uso de explosivos, como bombas barril, em áreas de população civil matou centenas de pessoas, muitas delas crianças, em Alepo, Dara, Idlib e na capital, Damasco.
Os ataques contra instalações médicas continuam em total desrespeito à lei humanitária internacional. O mês de maio foi um dos piores desde o início do conflito, em março de 2011.
Isil
Os 15 países membros do Conselho foram informados sobre a piora da situação no país na última semana, principalmente em Kobani, depois dos ataques realizados pelo grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, na tentativa de retomar a cidade.
A vice-coordenadora de emergência disse que as agências humanitárias estão trabalhando muito para ajudar milhões de sírios afetados pelo conflito.
Ela declarou que esses esforços exigem recursos adequados e que até agora, apenas 25% do apelo feito foi recebido. O mesmo acontece em relação ao Programa Mundial de Alimentos, PMA.
Desde janeiro, a agência da ONU teve de reduzir a entrega de comida em 30% por falta de dinheiro para cobrir as operações, e os cortes devem continuar nos próximos três meses.
Wha Kang afirmou que “é difícil ver um fim ao que classificou como sendo um pesadelo de violência e destruição”.
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