Operação de paz fala de suposta ação envolvendo membro de um dos contingentes e crianças de rua; de acordo com a nota, as supostas vítimas recebem assistência médica.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Missão das Nações Unidas na República Centro-Africana, Minusca, disse ter recebido alegações de abusos sexuais perpetrados por membros de um dos seus contingentes com o envolvimento de crianças de rua em Bangui.
O Estado-membro que contribuiu com a força que integra o militar foi imediatamente notificado e iniciou um procedimento, declara a Minusca. A nota, publicada esta terça-feira, realça que as supostas vítimas estão a receber assistência médica.
Código
De acordo com a ONU, se essas alegações forem fundamentadas a ação constituiria uma grave violação dos princípios das Nações Unidas e do código de conduta para os soldados da organização.
Nesse caso, o país do soldado seria solicitado a uma "intervenção punitiva rápida e adequada", destaca a operação de paz das Nações Unidas.
Painel Independente
O anúncio surge um dia após terem sido revelados os integrantes do painel que vai avaliar a resposta da organização a recentes alegações de exploração sexual no país.
O grupo será presidido pela ex-juíza Marie Deschamps, do Canadá. Outros integrantes são o procurador ganês Hassan Jallowe e a sul-africana Yasmin Sooka, que dirige a Fundação para os Direitos Humanos no seu país.
O painel deve avaliar procedimentos em vigor além de denúncias de abuso de forma independente. A ONU revelou que o grupo vai ter acesso "sem restrições" a todos os registos da organização, ao seu pessoal e a outros funcionários.
O informe do painel deve ser apresentado 10 semanas após o início dos seus trabalhos, que arrancam em julho.
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