Subida ocorreu desde a escalada do conflito em março; confrontos, insegurança e baixa nas importações de combustível ditaram aumento do preço da comida; insegurança alimentar afeta 12,9 milhões de pessoas.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A segurança alimentar continua a piorar no Iémen, segundo uma análise realizada por agências das Nações Unidas em parceria com o governo.
A situação de crise ou de emergência ocorre em 19 das 22 províncias, a refletir um aumento de 17% das pessoas que passaram a enfrentar insegurança alimentar desde a escalada do conflito em fins de março.
Insegurança
Nessa altura, uma coligação liderada pela Arábia Saudita iniciou os ataques aéreos contra os rebeldes houthis. Estima-se que o conflito iemenita tenha provocado mais de 2 mil mortos.
Nos últimos três meses mais 2,3 milhões de pessoas passaram para o grupo sem comida suficiente, o que elevou o total para 12,9 milhões. Cerca de 6 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar grave.
Muitas delas recorrem a mecanismos de sobrevivência como comer menos refeições por dia ou consumir alimentos mais baratos e menos nutritivos, revela o estudo.
Combustível
Para o aumento de preços contribuíram fatores como conflito, insegurança e reduções nas importações de combustível.
A análise sublinha que o Iémen precisa desesperadamente de uma pausa nos combates e de um maior acesso e financiamento da ajuda humanitária, aliadoa a uma retomada imediata das importações comerciais.
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