Segundo o Fida, mais de 150 milhões de pessoas no mundo foram beneficiadas com a quantia em 2014; primeiro Dia Internacional das Remessas Familiares é celebrado esta terça-feira, 16 de junho.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
No ano passado, trabalhadores migrantes a viver na Europa enviaram para casa mais de US$ 109 mil milhões em remessas. O valor ajudou mais de 150 milhões de pessoas no mundo, de acordo com o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, Fida.
O total representa um quarto do fluxo de remessas mundiais e os benefícios poderiam ser ainda maiores se as famílias tivessem acesso a mais opções de programas de transferência de dinheiro e a serviços que os ajudem a investir o dinheiro recebido.
Países
O alerta do Fida marca o primeiro Dia Internacional das Remessas Familiares, celebrado esta terça-feira, 16 de junho. A quantidade de dinheiro enviada por migrantes no mundo chega a beneficiar 750 milhões de pessoas.
Em relação à Europa, foco do estudo da agência, a maioria dos migrantes que enviou dinheiro para casa no ano passado vive na Rússia: foram US$ 20,6 mil milhões transferidos.
Destino
Na sequência vem o Reino Unido, com mais de US$ 17,1 mil milhões, seguido da Alemanha, França, Itália e Espanha. Quase 75% das remessas saídas da Europa foram originárias desses países.
O Fida também informa que a maior parte dessas remessas tiveram como destino países dos Balcãs, do leste europeu e da União Europeia. Outros dois terços, ou quase US$ 73 mil milhões foram enviados para 50 nações em desenvolvimento fora da Europa, sendo o norte de África e a Ásia Central as principais regiões.
Uso
Ao receber o dinheiro, as famílias utilizaram os valores especialmente para comprar comida, roupas, medicamentos e ter acesso à moradia e à educação, de acordo com a pesquisa.
Mas 20% das remessas seguem para fundos de investimento ou para o pagamento de empréstimos fornecidos a negócios de pequeno porte. Cerca de 40% das remessas seguem para áreas rurais, o que demonstra, segundo o Fida, a importância do dinheiro para comunidades vulneráveis.
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