ONU: um terço da população do Sudão do Sul não tem comida suficiente

Agências da organização e parceiros humanitários afirmam que o número de pessoas a enfrentar insegurança alimentar grave no país quase dobrou desde o início do ano; meta é oferecer assistência alimentar a 1,6 milhão em 2015.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 1,5 milhão de pessoas no Sudão do Sul vivem como deslocados internos. Outros 3,8 milhões, um terço da população de 11 milhões, não têm comida suficiente.

Desde o início do ano, cerca de 60 mil civis fugiram do país, a maioria para os vizinhos Sudão, Etiópia e Uganda. Com essa movimentação, o número total de pessoas que fugiram desde o início do conflito subiu para 555 mil.

Conflito

O contínuo conflito no Sudão do Sul começou em dezembro de 2013 e tem sido marcado por violência brutal a civis. Cerca de 119 mil pessoas estão abrigadas em instalações  da ONU no país.

A organização calcula que o número de pessoas a precisar de ajuda em 2015 deve incluir 1,95 milhão de deslocados internos e 293 mil refugiados. Trata-se de números projetados.

Insegurança Alimentar

As agências da ONU e parceiros humanitários afirmam que o total de pessoas a enfrentar insegurança alimentar grave no Sudão do Sul quase que dobrou desde o início do ano, de 2,5 milhões para os atuais  4,6 milhões.

Este é o maior número de pessoas em crise ou níveis emergenciais de insegurança alimentar na história do país.

O objetivo de parceiros na área é chegar com assistência alimentar a 1,6 milhão de pessoas em 2015, em todas as áreas atingidas. O plano inclui também chegar a cerca de 240 mil pessoas deslocadas por conflito.

Os parceiros também esperam alcançar 3,5 milhões de pessoas com apoio de subsistência ao longo do ano.

Leia Mais:

Sudão do Sul: Unicef apoia campanha para retorno de 400 mil crianças à escola

Mais de 100 mil pessoas fugiram das suas casas em dois meses no Sudão do Sul