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Eliasson afirmou que “as cidades representam 80% do PIB global” BR

Favelas representam a manifestação física da desigualdade e da pobreza. Foto: ONU-Habitat/Julius Mwelu

Eliasson afirmou que “as cidades representam 80% do PIB global”

Vice-secretário-geral da ONU fez a declaração no Fórum Mundial de Prefeitos que está sendo realizado em Nova York; Brasil está representado pelo prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson, afirmou esta terça-feira que 80% do Produto Interno Bruto, PIB, global é gerado pelas cidades.

Eliasson fez a declaração em pronunciamento no Fórum Mundial de Prefeitos, que está sendo realizado em Nova York.

Fortaleza

O Brasil é representado pelo prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que vai participar de um painel sobre transporte e mobilidade, junto com prefeitos das cidades de Roma, na Itália e de Pittsburg, nos Estados Unidos.

O vice-chefe da ONU disse que em 2050, aproximadamente 70% da população mundial vai viver em áreas urbanas.

Segundo ele, as cidades “são onde a batalha pelo desenvolvimento sustentável será vencida, ou perdida se o mundo fracassar”.

Eliasson disse que os grandes centros são onde os “aspectos ambientais, culturais, sociais e econômicos da atividade humana se juntam de uma forma dinâmica”.

Efeito Estufa

Mas o vice-secretário-geral afirmou que as cidades são responsáveis também por mais da metade das emissões dos gases que causam o efeito estufa e por 75% do consumo global de energia.

Por isso, Eliasson declarou que elas representam “a linha de frente na batalha global contra a mudança climática”.

O representante da ONU citou a desigualdade e a pobreza como principais desafios nessas regiões. Segundo ele, quase 1 bilhão de pessoas vivem em condições extremas, como em favelas, e esse número deve chegar a 1,6 bilhão até 2030.

Eliasson disse também que 2,5 bilhões de pessoas não têm acesso a serviços de saneamento básico e que as favelas representam a manifestação física da desigualdade e da pobreza.

Os desafios das cidades incluem também migrantes, pessoas com deficiências e idosos que não conseguem se beneficiar do desenvolvimento urbano.

O vice-secretário-geral declarou ainda que são necessárias políticas para salvaguardar as oportunidades para todos.