ONU fará revisão sobre alegados abusos sexuais na Rep. Centro-Africana BR

Secretário-geral vai criar uma Revisão Externa Independente para examinar como o sistema da ONU lidou com as alegações; porta-voz disse que tropas envolvidas no caso não estão sob o comando das Nações Unidas.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, afirmou esta quarta-feira que Ban Ki-moon decidiu criar uma Revisão Externa Independente para examinar as alegações de abusos sexuais na República Centro-Africana.
Dujarric disse que as alegações de violência sexual contra crianças citam tropas estrangeiras que não estão sob o comando da ONU.
“Profundamente Perturbado”
O porta-voz disse que “o grupo de revisão vai examinar como o sistema das Nações Unidas lidou com as denúncias de abuso no país africano”. Além disso, os especialistas vão examinar também uma ampla variedade de questões sistemáticas para saber como a ONU responde a informações sérias como essa”.
Dujarric explicou que Ban está profundamente perturbado com as alegações de abuso sexual por soldados na República Centro-Africana.
O chefe da ONU está preocupado também com as alegações de como a questão foi tratada por vários setores do sistema das Nações Unidas.
O porta-voz declarou que o objetivo do secretário-geral em criar o grupo de revisão é “garantir que a ONU não deixe de lado as vítimas de abusos sexuais, especialmente quando eles são cometidos por aqueles que deveriam protegê-las”.
Dujarric disse que o nome do chefe do grupo de revisão será anunciado nos próximos dias.
Investigação
No fim de semana, o alto comissário da ONU de Direitos Humanos, Zeid Al Hussein já havia feito um apelo por uma investigação sobre violações dos direitos humanos na República Centro-Africana.
Zeid disse que “as alegações de abusos sexuais são extremamente perturbadoras e que a população centro-africana necessita de proteção”.
O alto comissário da ONU disse que “com os relatos de alegados abusos sexuais contra crianças, atualmente sob investigação das autoridades francesas, seu escritório está analisando profundamente essas questões”.