Perspectiva Global Reportagens Humanas

Chefe da Aiea quer combater ameaça global de terrorismo nuclear BR

Yukiya Amano. Foto: AIEA/Dean Calma

Chefe da Aiea quer combater ameaça global de terrorismo nuclear

Yukiya Amano afirmou que terroristas e criminosos operam redes internacionais e podem atacar em qualquer lugar; ele declarou que a resposta a essas ameaças também deve ser internacional.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Yukiya Amano, pediu esta segunda-feira uma resposta internacional para combater a ameaça global de terrorismo.

Amano fez a declaração na abertura da Conferência sobre “Segurança de Computadores num Mundo Nuclear”, que está sendo realizada na sede da agência, em Viena.

Responsabilidade Nacional

Ele disse que apesar da segurança nuclear ser uma responsabilidade nacional, a Aiea tem a função central de ajudar o mundo a agir de forma única contra essa ameaça.

Amano explicou que “os terroristas e os criminosos operam redes internacionais e podem atacar em qualquer lugar, por isso a resposta também deve ser internacional”.

A conferência, que vai até sexta-feira, reúne mais de 650 analistas de 92 países-membros. O evento conta com a cooperação da Interpol, da União Internacional de Telecomunicações, UIT, do Instituto de Crime Inter-regional da ONU e da Comissão Internacional Eletrotécnica, IEC.

Reforçar Segurança

O chefe da Aiea afirmou que a agência oferece um guia sobre questões importantes da segurança nuclear, por exemplo, como reforçar a segurança nas fronteiras instalando monitores de radiação.

Amano citou ainda a proteção de usinas nucleares e de hospitais para que nenhum material radioativo seja roubado.

Outro ponto essencial é o da proteção contra ataques cibernéticos aos computadores das usinas. Segundo o diretor-geral da agência, “essas ações se tornaram ocorrências diárias no mundo e a indústria nuclear não está imune”.

Segundo ele, no ano passado foram registrados vários ataques cibernéticos contra usinas nucleares.

Para a Aiea, a reunião vai ajudar na troca de informações, experiências e ideias para que todos possam melhorar a segurança do setor.