OIT afirma que mais de 25% dos palestinos estão desempregados
Agência da ONU diz que a ocupação, a expansão dos assentamentos, a violência e as tensões prejudicam ainda mais a economia palestina; organização pede que as partes continuem em busca de uma solução para crise.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Internacional do Trabalho, OIT, afirmou que o índice de desemprego passa dos 25% entre os palestinos.
O relatório anual da OIT sobre a situação dos trabalhadores na região diz que o estagnado processo de paz, as tensões e os efeitos do conflito na Faixa de Gaza, no ano passado, levaram ao declínio da economia e do mercado de trabalho.
Violência
A agência cita ainda que esses fatores tiveram consequências econômicas sérias. Além disso, o documento menciona a violência, a ocupação, e a contínua expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, incluindo em Jerusalém Oriental.
O documento mostra que numa população de 4 milhões de palestinos, 338 mil não têm trabalho. Os melhores empregos estão em Israel ou nos assentamentos. Aproximadamente 52 mil palestinos têm permissão para trabalhar legalmente no território israelense e 26 mil na região dos assentamentos.
A OIT pede a todas as partes envolvidas no processo de paz que não ignorem a crise e que continuem em busca da solução com a criação de dois Estados vivendo lado a lado em paz e com segurança.
Negociação Genuína
O relatório reforça a necessidade de alcançar um processo de negociação genuína que lide com os interesses de todos.
O diretor-geral da organização, Guy Ryder, alerta que a ocupação contínua e a expansão dos assentamentos não permitem um desenvolvimento viável e produtivo da economia palestina.
Segundo Ryder, a comunidade internacional deve ajudar os dois lados a retomar as negociações de paz.