Combates dispersam sul-sudaneses de abrigos da ONU que acolhiam 20 mil

Forças Armadas e combatentes da oposição voltaram a registar confrontos próximo do complexo da organização no Alto Nilo; Unmiss alerta para a escassez de suprimentos essenciais para os recém-chegados.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

As Nações Unidas anunciaram a dispersão de cerca de 20 mil deslocados que estavam abrigados em dois locais de proteção no exterior das instalações da ONU em Melut, no estado do Alto Nilo.

Sete pessoas morreram depois de a Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss, e o local de proteção dos civis terem sido alvos de fogo cruzado. O Exército Popular de Libertação do Sudão, Spla, e forças da oposição voltaram a confrontar-se na quinta-feira.

Proteção

A operação de paz disse que ainda não há clareza sobre quem controla a cidade devido aos intensos combates nos arredores de Melut. Cerca de 1,6 mil deslocados procuraram proteção na base local da Unmiss.

De acordo com a missão, os suprimentos essenciais já estão no fim após ter sido dado apoio a cerca de 600 pessoas recém-chegadas à base.

O coordenador humanitário da ONU no Sudão do Sul, Toby Lanzer, apelou aos combatentes que respeitem a inviolabilidade da base da organização e aos civis que procuram abrigo, particularmente mulheres e crianças.

Necessidades

Em Malakal, no mesmo estado, a assistência humanitária está a ser dada a mais de 17 mil deslocados. Os movimentos dos funcionários humanitários fora do complexo da ONU estão restritos devido à insegurança, o que dificulta a avaliação das necessidades dos que se encontram no exterior.

Desde o início de maio, as atividades de auxílio foram suspensas no estado de Unidade devido à insegurança. Na área, mais de 300 mil necessitados ficaram sem assistência essencial, que inclui alimentos e serviços médicos.

*Apresentação: Denise Costa.