Timor-Leste quer insistir na ideia de consórcio lusófono para explorar petróleo
Falando à ONU, ministro timorense da área disse que países-membros da Cplp devem dar primeiro passo; governante disse que baixa de preços do produto provocou queda de cerca nas receitas em mais de US$ 300 milhões entre 2013 e 2014.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Timor-Leste disse que vai insistir na ideia do consórcio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, para exploração de petróleo nas suas águas durante o primeiro encontro de ministros da Energia do bloco.
O ministro timorense do Petróleo e Recursos Minerais, Alfredo Pires, disse que reunião está prevista para junho. Timor-Leste está na presidência rotativa da Cplp até 2016.
Fórum
Pires declarou à Rádio ONU, em Nova Iorque, que estimula a participação das companhias com conhecimentos sobre a área. Ele falava à margem do Fórum de Energia para Todos, que decorre até esta quinta-feira.
"Quem tem o know-how que venha participar (na iniciativa) e vamos ao negócio. Todos os negócios têm os seus riscos. Alguns acham que talvez o bloco timorense precisa de mais trabalho mas vamos ver. Nós speramos por outros países estão a precisar de capital, mas nós também temos capital. É simplesmente para trabalharmos juntos para ver quais são as oportunidades no negócio de energia, além do papel que podemos exercer mesmo a nível internacional".
Prosseguem contactos com companhias dos Estados-membros do bloco, liderados pela Autoridade Nacional de Petróleo de Timor-Leste e a empresa timorense de exploração de petróleo. O ministro explica as expectativas em relação à iniciativa.
Dar o Passo
"O que Timor-Leste fez de concreto foi nomear um bloco petrolífero onshore e dedicamos à Cplp. Está aberto. A nossa Companhia Nacional de Petróleo está a ter conversas com empresas nacionais dos nove (Estados-membros). Vamos continuar a empurrar essa ideia. Todos estão a responder de diferentes maneiras mas alguém tem que dar um passo."
O governante revelou ainda que o impacto económico da baixa dos preços petrolíferos é amenizado pelas regras que regem o Fundo do Petróleo. Nos últimos dois anos, a iniciativa viu baixar as receitas de cerca de US$ 800 milhões para US$ 460 milhões.
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