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Onusida menciona avanços encorajadores para obter vacina contra HIV

Ensaio da candidata a vacina. Foto: Onusida.

Onusida menciona avanços encorajadores para obter vacina contra HIV

Diretor executivo da agência pede mais financiamentos para que o resultado seja um produto eficaz e acessível; declarações foram feitas no Dia da Consciencialização sobre a Necessidade de uma Vacina contra o vírus.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O diretor executivo do Programa Conjunto da ONU sobre o HIV/Sida, Onusida, citou "avanços científicos encorajadores" que dão esperança de um futuro desenvolvimento de uma vacina contra o vírus causador da doença.

As declarações de Michel Sidibé foram feitas para marcar o 18 de maio, o Dia da Consciencialização sobre a Necessidade de uma Vacina contra o HIV.

Vacina Eficaz

O apelo do responsável é que haja um compromisso mundial renovado para que seja encontrada uma vacina eficaz contra o vírus.

Para Michel Sidibé, uma vacina seria um "grande passo" para acabar com a epidemia da sida. Em nota, ele reiterou o empenho da agência da ONU para que ninguém seja deixado para trás na resposta ao HIV.

Para Sidibé, uma grande vantagem da vacina é que promove o equilíbrio e pode ser utilizada de forma eficaz em todas as comunidades e grupos, incluindo onde seja mais difícil prestar muitos outros serviços de saúde.

Taxas de Infeção

Após apontar a existência de estudos que demonstram que uma vacina contra o vírus da sida é possível, Sidibé destacou o ensaio da candidata a vacina denominada RV144, em 2009. O produto reduziu a taxa de infeção por HIV em 31%.

O chefe do Onusida disse haver muita esperança de que a pesquisa em curso possa basear-se nessa investigação para obter resultados. Ele disse que novas candidatas a vacinas e anticorpos neutralizantes também estão em estudo.

Declínio

Sidibé destaca que vacinas erradicaram a varíola e que a poliomielite está próxima da eliminação. Entre várias doenças infecciosas, o chefe da Onusida mencionou o controlo eficaz da difteria, da tosse convulsa, do tétano, da papeira, do sarampo e da rubéola.

Entretanto, o responsável destacou que em 2013 a investigação e o desenvolvimento de vacinas contra o HIV  tiveram o maior declínio no investimento verificado desde 2008.

Sidibé considera fundamental aumentar o financiamento para "transformar conceitos promissores numa vacina eficaz e acessível" .

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