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FAO apoia 18 voos diários com materiais de produção para sul-sudaneses

Distribuição de materiais de produção no Sudão do Sul. Foto: FAO/J. Belgrave

FAO apoia 18 voos diários com materiais de produção para sul-sudaneses

Carregamentos incluem sementes, instrumentos de trabalho e outros equipamentos; estima-se que mais de 175 mil famílias de agricultores estejam a enfrentar insegurança alimentar.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, disse que distribuiu materiais de produção por via aérea aos sul-sudaneses mais vulneráveis em colaboração com ONGs nacionais e internacionais.

Com o início da principal época de plantio, os esforços da agência são para obter sementes essenciais, ferramentas, equipamentos de pesca e outros materiais para entregar às populações.

Fome e Desnutrição

Por dia, a FAO diz que chega a transportar a carga em 18 voos, que deixam a capital Juba para chegar às mãos dos agricultores a tempo de semearem nas áreas afetadas pelo conflito no estados do Alto Nilo, Jonglei e Unidade.

Nessas áreas, a agência disse que os níveis de fome e de desnutrição são particularmente elevados.

Um relatório sobre a situação do país africano será apresentado esta quinta-feira, ao Conselho de Segurança.

Insegurança Alimentar

De acordo com a FAO, a ideia dos carregamentos aéreos é chegar às áreas inacessíveis pelo transporte terrestre. Nos últimos dias, quase 100 toneladas de bens foram transportados de Juba para as áreas do interior.

O objetivo da agência é ajudar mais de 175 mil famílias de agricultores que enfrentam a insegurança alimentar, até o fim de maio, nos estados de Alto Nilo, Jonglei e Unidade.

Oportunidade

O representante da FAO no Sudão do Sul disse que para muitos agricultores, esta é a única oportunidade de plantar cereais este ano.

Serge Tissot explicou que se não receberem as sementes neste momento, os agricultores terão que esperar mais um ano para plantar. Isso significa que estes somente poderiam colher cereais no fim de 2016.

O conflito no estado de Unidade obrigou à aterragem de apenas um avião na área. Agências da ONU suspenderam as suas atividades, mas a FAO disse estar a monitorizar a situação e a adaptar o seu programa para que sejam rapidamente atendidas as necessidades de milhares de pessoas vulneráveis.

*Apresentação: Denise Costa.

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