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Jornalistas debatem qualidade, segurança e era digital na Guiné-Bissau

Dia Internacional da Liberdade de Imprensa é observado neste 3 de maio. Foto: ONU/Jean-Marc Ferré

Jornalistas debatem qualidade, segurança e era digital na Guiné-Bissau

ONU apoia ações para celebrar o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa este domingo; profissionais devem debater documentário e receber compilação das leis guineenses sobre a imprensa.

Amatijane Candé, da Rádio ONU em Bissau.

O Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis, organiza uma série de atividades para marcar o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa este 3 de maio.

O destaque vai para a exibição de um documentário e a distribuição aos jornalistas de uma compilação das leis sobre a imprensa na Guiné-Bissau.

Era Digital

Para 2015, o lema das comemorações é "Deixem o Jornalismo Prosperar por uma Informação de Qualidade, Igualdade de Género e Segurança dos Profissionais dos Media na Era Digital".

A chefe do Gabinete de Comunicação da Uniogbis, Júlia Galvão Alhinho, disse à Rádio ONU, em Bissau, que a produção audiovisual deve enriquecer o debate sobre o tema.

Qualidade

“Felizmente a situação na Guiné-Bissau é relativamente boa, não há grandes ameaças à liberdade de imprensa e à liberdade de expressão. A maior ameaça, diria eu, são as condições de trabalho dos jornalistas, falta de condições salariais e materiais para desenvolver um trabalho de qualidade.”

A posição foi reiterada pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau, Sinjotecs, que entretanto assinalou melhorias na segurança do grupo de profissionais. A entidade colabora com a Uniogbis nas atividades para marcar a data.

Salários

Mamadu Candé exortou às autoridades a trabalharem no sentido de tornar os media mais livres e independentes. O representante falou em questões salariais, riscos de manipulação e ligação com a classe politica.

“Em termos de meios de trabalho, remunerações e questões salariais, estamos na mesma situação. A situação é caótica, precária e tem o seu peso sobre a liberdade que gostaríamos de ter, a independência que gostaríamos de ter. Em relação aos anos anteriores, estamos numa situação melhor.”

Manual

A compilação das leis sobre a situação de imprensa inclui matérias sobre liberdade de imprensa, televisão, radiodifusão, imprensa escrita e agências noticiosas. O direito de antena e réplica politica, publicidade e a lei do estatuto do jornalista também estão incluídos.

O documento aprovado pela Assembleia Nacional Popular foi promulgado pela Presidência da República e editado pelo Escritório da ONU em Bissau.