Banco Mundial concede US$ 45 milhões para ensino superior em Moçambique

Para o órgão, apoio deve aumentar número de graduados; apoio vai promover saídas para setores económicos estratégicos; mercado de trabalho do país deve receber cerca de 500 mil em 2020.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Banco Mundial anunciou ter aprovado US$ 45 milhões de um empréstimo adicional para apoiar o ensino superior em Moçambique.
O órgão disse que o principal objetivo é aumentar e melhorar a qualidade dos graduados desse nível. Por outro lado, pretende-se reforçar capacidades de investigação para que haja mais saídas para setores económicos estratégicos.
Ensino Superior
O Banco Mundial indica ainda que o valor deverá reforçar a capacidade de várias instituições do país para o ensino técnico e vocacional.
Entre 2004 e 2012, o número de formados no ensino secundário aumentou de 8 mil para 41,5 mil. O governo prevê uma evolução para mais de 140 mil formados em 2016, que pode subir para 280 mil em 2020.
Entretanto, o Banco Mundial indica que essa expansão não tem sido acompanhada por melhorias no acesso a laboratórios e a ferramentas tecnológicas modernas. Com o tempo surgiram desafios em relação à qualidade e à relevância dos formados.
Graduados
O diretor do Banco Mundial em Moçambique afirmou que o rápido crescimento económico é acompanhado pela procura de graduados, principalmente em setores como ciências aplicadas e engenharia.
Mark Lundell considerou fundamental promover um acesso mais equilibrado à educação com vista a uma "maior partilha da prosperidade".
Prevê-se que mais de 300 mil pessoas entrem, anualmente, para o mercado de trabalho moçambicano. O número deve aumentar para cerca de meio milhão em 2025.
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