Guiné-Bissau: Unicef celebra redução de um quinto na mortalidade infantil

Escritório da agência no país destaca que em cinco anos taxa baixou de 116 por mil para cerca de 89 por mil menores; Unicef colaborou no recenseamento realizado pelas autoridades sanitárias do país.
Amatijane Candé, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A mortalidade materna infantil teve uma redução de cerca de 20% nos últimos cinco anos na Guiné-Bissau.
De 116 por mil em 2010, o número de óbitos em menores gira atualmente em torno de 89 por mil, disse o representante adjunto do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, no país.
Cifras
Em entrevista à Rádio ONU, em Bissau, Antero de Pina citou dados de um recenseamento levado a cabo pelo governo em parceria com o Unicef. Os resultados do estudo denominado Mic 5 foram divulgados em Bissau. O responsável admitiu, entretanto, haver ainda muito a fazer
“A mortalidade materna, infelizmente, está com uma tendência para aumentar. Algumas preocupações em relação a esta temática sobre qual vamos continuar a trabalhar no seio das Nações Unidas juntam com o Ministério da Saúde para podermos debelar essa problemática”.
Educação
A agência da ONU ressalta também resultados positivos obtidos na área da educação das crianças, na qual houve uma tendência de aumento da escolarização na Guiné-Bissau.
O representante adjunto da Unicef realçou que a questão de paridade de género é um dado adquirido pelo menos nos primeiros anos da escolaridade.
“Mas há o problema ainda da comunidade, estamos a trabalhar na questão do acesso, trabalhamos com o governo na questão da organização do currículo, estamos a trabalhar também na questão da capacitação dos professores com vários parceiros. ONGs estão a operar neste processo, estão a fazer um trabalho fundamental e importante para o país”.
Proteção
De Pina prometeu que o Unicef continuará a trabalhar com o Ministério da Família e Solidariedade Social no domínio da proteção da criança.
O objetivo é abordar os principais problemas que afetam o grupo, tal como a mutilação genital feminina, o casamento precoce ou forçado, o tráfico e o registo de nascimentos.
Leia Mais:
Guiné-Bissau celebra redução de 28 mil casos de malária num ano
Em Bissau, embaixador brasileiro pediu mais atenção a questões de género