PMA pode interromper entrega de comida no Iémen

Como razão, agência aponta a grave falta de combustíveis devido ao conflito; OIM informou que bombardeamentos suspenderam voos para transportar migrantes africanos para os seus países.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Programa Mundial de Alimentação, PMA, apelou às partes em conflito no Iémen que permitam o acesso de combustível e de alimentos, devido à necessidade urgente relatada pelas agências humanitárias.
Uma grave escassez ameaça a oferta de assistência essencial às vítimas do conflito, destaca o PMA. O problema pode "interromper completamente" as suas operações, que nas últimas duas semanas beneficiaram cerca de 700 mil pessoas.
Comida
A representante da agência no Iémen, Purnima Kashyap, disse ter-se chegado a um ponto em que "não se pode transportar comida dos armazéns" para os necessitados. O país importa cerca de 90% dos seus alimentos básicos.
Antes, a Organização Internacional para Migrações, OIM, anunciou que bombardeamentos aéreos na pista do aeroporto da capital, Sanaa, levaram à suspensão de voos para retirar migrantes africanos. As partidas estavam agendadas para esta semana.
Suspensão
A agência disse que a decisão foi tomada dois dias depois da retomada do processo, após garantias das autoridades do aeroporto de que iriam facilitar o trabalho humanitário. O facto levou ao levantamento temporário da suspensão dos voos fretados decidida a 20 de abril.
O último avião deixou Sanaa na terça-feira com 141 passageiros que viajaram para Cartum, no Sudão. Muitos deles aguardaram há semanas para deixar o Iémen.
A OIM anunciou ter ajudado a mais de 500 estrangeiros de 20 países a sair do Iémen e que continua a fornecer alimentos, abrigo, água e saneamento aos migrantes retidos no país.
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