Ban diz que mundo ainda luta contra efeitos das armas químicas
Secretário-geral da ONU fez a declaração em homenagem ao Dia em Memória das Vítimas de Guerra Química; data marca o aniversário de 100 anos da primeira vez em que esse tipo de armamento foi usado em Ypres, em 1915.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o mundo continua lutando até hoje contra os efeitos desumanos e indiscriminados causados pelas armas químicas.
A declaração de Ban foi feita para marcar o Dia em Memória das Vítimas de Guerra Química, esta quarta-feira 29 de abril. O gás cloro foi usado pela primeira vez em Ypres, na Bélgica, em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial.
Vergonha
Em comunicado, o chefe da ONU disse que é uma vergonha que 90 anos após o Protocolo de Genebra ter entrado em vigor e 20 anos depois da implementação da Convenção de Armas Químicas o número de mortes causadas por essas armas continua aumentando.
Ban lembrou que há apenas dois anos, a utilização de armas químicas na Síria chamou a atenção da comunidade internacional para essa ameaça contínua.
Ele afirmou que as imagens das vítimas de armas químicas no país devem continuar assombrando a todos.
O secretário-geral declarou que o esforço multilateral para livrar a Síria do programa de arsenal químico mostrou claramente o que pode ser alcançado quando a comunidade internacional se une.
Ban disse que quase todas as armas químicas sírias foram destruídas ou removidas e a destruição das instalações que produziam esses armamentos já começou.
Momento Positivo
Ele declarou que esse foi um momento positivo num conflito devastador que deve acabar urgentemente para o bem dos sírios, do Oriente Médio e do resto do mundo.
Ban condenou o uso de qualquer arma química e pede aos países que levem os responsáveis por esses crimes à justiça. O chefe da ONU deixou claro que o uso de qualquer arma química, sob qualquer circunstância, representa uma violação do protocolo de 1925 e de outras leis internacionais.
O secretário-geral pediu aos poucos países que ainda não fazem parte da Convenção de Armas Químicas que firmem o documento o mais rápido possível.
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