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Nações Unidas ressaltam papel dos jovens no combate ao extremismo BR

Príncipe herdeiro da Jordânia, Hussein Abdullah II, preside o Conselho de Segurança. Foto: ONU/Loey Felipe

Nações Unidas ressaltam papel dos jovens no combate ao extremismo

Debate no Conselho de Segurança é presidido pelo príncipe herdeiro Hussein Abdullah II da Jordânia, de apenas 20 anos; secretário-geral Ban Ki-moon diz que “muitos jovens cometem atos violentos, mas a maioria quer a paz”.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança promove esta quinta-feira um debate especial sobre o papel dos jovens no combate ao extremismo violento e na contenção da paz.

A reunião é presidida pelo príncipe herdeiro da Jordânia, Hussein Abdullah II, de apenas 20 anos, a pessoa mais jovem a presidir um debate do órgão. Na abertura do encontro, o secretário-geral da ONU declarou que em muitos países afetados por conflitos, os jovens representam mais da metade da população.

Participação

Com isso, muitos viram “presas de extremistas, na sua busca por um propósito e pela vontade de pertencer”, nas palavras de Ban Ki-moon.

Ban pediu à comunidade internacional a encorajar os jovens a participar em causas em prol da paz, da diversidade e do respeito mútuo. Segundo ele, a juventude representa uma promessa e não um perigo.

No Conselho de Segurança, o secretário-geral disse que enquanto muitos jovens cometem terríveis atos de violência, a maioria busca a paz, especialmente em situações de conflito.

Vítimas

Na avaliação de Ban Ki-moon, muitos que cometem violência foram vítimas de adultos que abusaram da inocência da juventude. Ele pediu ao mundo para não se esquecer das meninas sequestradas na Nigéria, dos estudantes assassinados numa universidade do Quênia e dos jovens massacrados pelo Talebã em Peshawar, no Paquistão.

No Conselho de Segurança, Ban Ki-moon pediu que seja dada aos jovens “licença para dirigir o futuro”.

Segundo Ban, as pessoas mais jovens tem “idealismo, criatividade e entendimento sobre as complexidades da guerra e o que é preciso para o alcance da paz”.

O secretário-geral defendeu espaço para os jovens nas mesas de negociação, porque eles pagam um preço pelos confrontos violentos e por isso, merecem ajudar a estruturar a “cura” para os conflitos.

Ban Ki-moon explicou também que o Plano de Ação para Prevenir o Extremismo Violento, que está sendo desenvolvido pelas Nações Unidas, listará maneiras de engajar os jovens na tarefa.

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