No Conselho de Segurança, chefe da ONU declarou que o grupo pode contribuir para a reconciliação e para a democracia na governação; pedido de mais investimento em ideias juvenis marca a sessão do órgão.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas debateu, esta quinta-feira, o papel dos jovens para conter o extremismo violento e promover a paz.
Falando na sessão, o secretário-geral Ban Ki-moon pediu que seja permitido ao grupo que oriente o futuro do mundo. Para ele, com mais recursos os jovens podem ser uma força para a paz, para a reconciliação e para a governabilidade democrática.
Dignidade
O secretário-geral frisou que os jovens devem ser encorajados a abordar a paz, a dignidade e o respeito mútuo.
No pronunciamento, Ban destaca que a juventude é uma promessa e não um perigo. Como explicou, enquanto uma parte deles comete atos abomináveis de violência, a maioria esmagadora anseia pela paz, especialmente em situações de conflito.
Futuro
Ban ressaltou características do grupo como idealismo, criatividade e poderes sem precedentes para estabelecer redes. Para ele, muitas vezes os jovens compreendem as complexidades da guerra e os requisitos para a paz.
O chefe da ONU realçou que organismos juvenis podem ajudar a construir a paz se forem intensificadas as suas atividades e houver investimento nas suas ideias.
Apoio Incondicional
A educação foi considerada "uma estratégia eficaz" pelo chefe da ONU, ao defender que grupos de jovens que promovem a paz, especialmente em áreas assoladas por conflitos, merecem apoio incondicional.
Ban mencionou ainda os países pacíficos, nos quais frisou que políticas para a juventude são subfinanciadas e não são aplicadas a questões de segurança. Ele anunciou que está a criar um plano de acção global para prevenir a radicalização violenta, o qual busca capacitar e envolver os jovens.
Além dos Estados-membros do Conselho, na reunião discursaram o diretor do Centro Internacional para Estudos de Radicalização, Peter Neumann, e o antropólogo Scott Atran, que dirige o Centro de Pesquisa Científica de Paris.
Leia Mais:
Na Assembleia Geral, líderes destacam que religião não pode dividir povos