Total de deslocados internos na Ucrânia já passa dos 2 milhões
Dados são do governo e da agência da ONU para Refugiados; outros 800 mil ucranianos fugiram para nações vizinhas; secretário-geral destaca situação humanitária durante conversa ao telefone com presidente Poroshenko.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
Mais de 2 milhões de pessoas deixaram suas casas na Ucrânia e agora vivem deslocadas em outras áreas do país. Os dados são do governo e do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur.
Outros 800 mil ucranianos estão refugiados em nações vizinhas. Segundo o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, os civis não querem retornar a áreas não controladas pelo governo, por medo da insegurança e de sofrerem perseguição política.
Condições Humanitárias
A situação em Luhansk continua crítica, de acordo com comunicado do Ocha esta terça-feira. Comida, medicamentos, abrigo e dinheiro são itens de prioridade para os civis. Segundo a ONU, salários e aposentadorias estão atrasados e há desemprego em massa.
As agências humanitárias entregam comida, roupas, ajuda em dinheiro e fornecem assistência médica, mas apenas em áreas que podem ser acessadas. A verba para as operações de ajuda continua baixa. Dos US$ 316 milhões necessários, apenas 21% foi alcançado.
Conversa
Na segunda-feira, o secretário-geral da ONU conversou por telefone com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.
Ban Ki-moon e o presidente falaram sobre o conflito no leste do país e sobre a necessidade de se respeitar o Acordo de Minsk, que prevê o fim das hostilidades.
O secretário-geral reforçou que uma missão de paz sob mandato da ONU é assunto para ser decidido pelo Conselho de Segurança. Ao presidente Poroshenko, Ban reafirmou o apoio e a solidariedade da ONU com o povo da Ucrância, durante “um momento difícil na história do país”.
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