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ONU quer parceria público-privada para combater crime organizado BR

Combate ao crime cibernético. Foto: Unodc

ONU quer parceria público-privada para combater crime organizado

Declaração foi feita durante 13º Congresso da ONU sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal, em Doha; especialistas disseram que mais de 1,8 bilhão de imagens são disponibilizadas e compartilhadas todos os dias na internet.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A ONU quer formar parcerias público-privadas para combater o crime organizado transnacional.

A declaração foi feita esta quinta-feira durante o 13º Congresso da ONU sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal, que está sendo realizado em Doha, no Catar.

1,8 bilhão de Imagens

Os especialistas disseram que mais de 1,8 bilhão de imagens são disponibilizadas e compartilhadas na internet, todos os dias. Segundo eles, encontrar uma foto de pornografia infantil é “como achar uma agulha num palheiro”.

O Congresso mostrou aos participantes que o desafio do crime cibernético é maior do que qualquer um poderia imaginar e que para evitar e combater essa prática é necessária uma forte parceria entre os setores público e privado.

Entre as iniciativas para combater o problema, a Microsoft desenvolveu uma aplicação, chamada “Foto DNA” que é capaz de identificar os responsáveis pela publicação de imagens de abuso infantil, por exemplo.

Fraudes

Em entrevista à Rádio ONU, o representante da empresa, Dale Waterman, disse que a companhia está buscando novas formas de combater crimes cibernéticos, como fraudes.

Waterman alertou que “o problema é tão grande que não há forma de uma única entidade ou órgão controlar a operação”. Por isso, ele explicou que a Microsoft está trabalhando não só com as forças de segurança mas também com o setor bancário.

O aplicativo foi disponibilizado, sem qualquer custo, ao FBI, a polícia federal americana, à Interpol e a outras agências de segurança.

Waterman afirmou que somente nos Estados Unidos, 3,3 milhões de pessoas são vítimas de fraudes pela internet todos os anos. As perdas passam de US$ 1,5 bilhão, o equivalente a mais de R$ 4,5 bilhões.

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