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Banco Mundial apoia busca de valor para lidar com efeitos do aquecimento global

Foto: OMM/Olga Khoroshunova
OMM compilou dados de centros de várias partes do mundo.

Banco Mundial apoia busca de valor para lidar com efeitos do aquecimento global

Órgão lembra que a diferença para ajudar na adaptação aos impactos das alterações climáticas é de US$ 70 mil milhões; sugestões incluem preço do carbono e reforma dos subsídios de combustíveis fósseis.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Banco Mundial disse que está a analisar e a trabalhar para apoiar a busca de US$ 70 mil milhões para ajudar os países na adaptação aos impactos das alterações climáticas e a redução das emissões.

Cerca de US$ 100 mil milhões ao ano já foram prometidos pelos setores privado e público dos países mais desenvolvidos até 2020. Os valores foram recentemente prometidos ao Fundo Verde para o Clima, para ajudar os países mais pobres a lidar com os efeitos do aquecimento global.

Confiança

O Banco Africano considera, entretanto, que o valor da diferença deverá ser coberto para que haja "confiança necessária para atingir um acordo robusto nas conversações de Paris em dezembro".

A reforma dos subsídios e os preços de carbono, CO2, fazem parte das alternativas para buscar biliões de dólares necessários a serem canalizados para estimular a redução das emissões de CO2 a nível mundial.

Financiamento

O Banco Mundial declara que políticas tais como o preço do carbono e a reforma dos subsídios de combustíveis fósseis podem ajudar a reduzir as emissões, incentivar o crescimento de baixo carbono e a desbloquear o financiamento.

O órgão aponta essas opções para os países desenvolvidos que podem ajudar a angariar recursos públicos para compor US$ 70 mil milhões.

Emissões

O secretário-geral da ONU criou em 2010 o Grupo Consultivo sobre Financiamento das Alterações Climáticas.

Estimativas desse coletivo indicam que US$ 25 por tonelada sobre as emissões de CO2 poderiam mobilizar entre US$ 25 mil milhões e US$ 50 mil milhões por ano. Isso aconteceria se uma parcela fosse dessa receita dos preços de carbono e fosse atribuída aos países em desenvolvimento.

*Apresentação: Denise Costa.

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