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Campanha de combate a hepatite C atinge 3,7 milhões de “selfies” BR

Hepatite C mata meio milhão de pessoas no mundo por ano. Foto: Onusida/Adrian Clark

Campanha de combate a hepatite C atinge 3,7 milhões de “selfies”

Iniciatiava da ONG “C tem que saber C tem que curar” tem como objetivo alertar a população sobre os perigos da doença; hepatite C mata meio milhão de pessoas no mundo por ano, no Brasil são mais de 4 mil mortes.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

A campanha de combate à hepatite C, realizada pela ONG “C tem que saber C tem que curar”, recebeu mais de 3,7 milhões de “selfies” com pessoas tirando fotografias mostrando ou sinalizando com as mãos a letra “C”.

Em entrevista à Rádio ONU, o presidente da ONG, Francisco Martucci, falou sobre os objetivos da iniciativa.

Redes Sociais

“Primeiro, divulgar a hepatite C através das redes sociais. Alertar a população e a sociedade brasileira e também mundial sobre o impacto social que a hepatite C causa no Brasil, com 12 óbitos por dia e 4 milhões de portadores, e no mundo, com 500 mil mortes ao ano e 170 milhões de portadores.”

Martucci falou também sobre a possibilidade de se resgatar a chance de cura de portadores que tentaram tratamentos com outros medicamentos e não conseguiram.

O presidente da ONG falou também sobre como usar esse apoio popular para pressionar pela liberação de novos remédios.

Inibidores de Protease

“Três novos medicamentos passam pelo crivo da Agência de Vigilância sanitária do Brasil, Anvisa, que é o órgão regulamentador de medicamentos. Dois já foram liberados e estamos esperando a liberação de mais um medicamento. São inibidores de protease de última geração. O que significa isso? Significa que a chance de cura publicada em jornais científicos chega a 95% até com quem tem cirrose hepática.”

Martucci explicou que o tempo de tratamento é reduzido, passando de um ano, como acontece atualmente, para apenas três meses e sem efeitos colaterais.

Ele afirmou que esses novos remédios são importantes, principalmente, para os portadores de hepatite C que não conseguiram se curar em tratamentos anteriores.