Na ONU, Brasil e Moçambique apoiam realização de debate sobre Boko Haram
Sessão extraordinária vai decorrer no Conselho de Direitos Humanos a 1 de abril; agências de notícias informaram que teria sido retomada cidade que se acredita ser a sede do grupo na Nigéria.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Conselho de Direitos Humanos convocou uma sessão extraordinária para debater as ações das milícias nigerianas Boko Haram para quarta-feira, 1 de abril.
Uma nota emitida pelo órgão, esta sexta-feira, em Genebra, explica que a reunião vai decorrer "à luz dos ataques terroristas, abusos e violações de direitos humanos cometidos pelo grupo terrorista".
Membro e Observador
O Brasil, como um dos 47 Estados-membros do órgão, e Moçambique, como observador, compõem os 24 países que apoiaram a proposta da reunião que precisava ser assinada por um terço dos membros do órgão para convocação. A Argélia submeteu o pedido em nome do grupo africano e a lista continua aberta para assinaturas.
O encontro foi anunciado no dia em que agências de notícias citaram o exército nigeriano a dar conta da retomada a cidade de Gwoza, no noroeste, que se acredita ser a sede do grupo.
Os relatos das Forças Armadas apontam para a morte e captura de vários integrantes do Boko Haram, que em seis anos provocaram a morte de milhares de pessoas.
Raptos
O grupo também é responsabilizado pelo sequestro de centenas de pessoas, tendo um dos casos mais célebres envolvido mais de 200 meninas na área de Chibok, no norte, em 2014.
Os Estados-membros do Conselho que apoiaram a proposta do encontro incluem Argélia, Botsuana, Congo, Costa do Marfim, Cuba, Etiópia, França, Gabão, Gana, Quénia, Marrocos, Namíbia, Nigéria, Paquistão, Paraguai, Rússia, Serra Leoa, África do Sul e Venezuela.
Já entre os países observadores que pediram a reunião estão os Camarões, a República Centro-Africana e o Djibuti.
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