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Ban: “mundo deve continuar vigilante contra ameaça de armas biológicas” BR

Armamento coletado na Líbia para prevenir a proliferação de armas. Foto: Giovanni Diffidenti

Ban: “mundo deve continuar vigilante contra ameaça de armas biológicas”

Secretário-geral fez a declaração para marcar os 40 anos da Convenção da ONU de Armas Biológicas; ele disse que apesar dos progressos, os países devem manter esforços para eliminar esse tipo de armamento.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou esta quinta-feira que “o mundo deve continuar vigilante contra a ameaça das armas biológicas apesar dos avanços alcançados pela comunidade internacional para impedir sua propagação”.

A declaração de Ban foi para marcar o 40º aniversário da Convenção da ONU de Armas Biológicas, que entrou em vigor em 1975. O documento proíbe o desenvolvimento, a produção, a aquisição, a transferência, o armazenamento ou o uso de armas tóxicas ou biológicas.

Adoção

Junto com o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e a Convenção de Armas Químicas, o acordo é chave nos esforços da comunidade internacional para combater a proliferação de armas de destruição em massa.

Até agora, 173 países ratificaram o documento. Ban pediu às 23 nações que ainda não adotaram a Convenção “que o façam imediatamente”.

O chefe da ONU disse que “a norma mundial contra o uso e a posse de armas biológicas continua forte e que nenhum país atualmente declarou possuir esse material”.

Ebola

Ele explicou que “o surto de ebola na África Ocidental demonstra claramente os danos que as doenças podem causar. Segundo Ban, esses danos podem aumentar de forma maciça quando vírus e bactérias são usados como armas”.

Ao mesmo tempo, o secretário-geral disse que “a epidemia também demonstrou o compromisso da comunidade internacional de responder a tais ameaças, sendo elas naturais ou deliberadas”.

Ban declarou que com a aproximação da oitava conferência de revisão da Convenção de Armas Biológicas em 2016, “todos os países devem reafirmar sua rejeição inequívoca ao uso de doenças como armas”.

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