Estudo da Unesco destaca fortalecimento de segurança digital para jornalistas

Novo relatório analisa e explica ameaças ao jornalismo; um capítulo sobre género avalia como “mulheres jornalistas são especialmente alvos de ameaças digitais”.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
Um novo estudo da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, analisa 12 “ameaças digitais-chave” ao jornalismo.
Entre os riscos citados no relatório “Construindo segurança digital para jornalismo: uma pesquisa de questões selecionadas” estão ameaças de hackers à comunicação e ataques que tirem do ar páginas da internet de veículos dos media.
Perigo
O estudo usa uma abordagem inclusiva que, segundo a Unesco, é relevante a qualquer pessoa que esteja em perigo de se tornar alvo por estar a realizar trabalho jornalístico.
Para a agência da ONU, muitos pontos são relevantes para defensores de direitos humanos em geral e indivíduos que são fontes para profissionais de imprensa.
Recomendações
Entre outras recomendações, jornalistas são alertados a “priorizar necessidades de segurança baseada em avaliação individualizada de risco”.
O relatório aconselha que segurança digital deve ser tradada como hábito e prática. Há recomendações específicas propostas para governos e organizações da sociedade civil, entre outras instituições.
Plano de Ação
É ressaltado que a formação em segurança digital deve ir além da tecnologia com o conhecimento do Plano de Ação da ONU sobre segurança de jornalistas e a questões da impunidade, além de importantes resoluções adotadas no sistema das Nações Unidas.
A abordagem holística do treinamento proposta pelo relatório cobre a importância de incluir considerações psicossociais em todos os cursos. Um capítulo sobre género avalia como “mulheres jornalistas são especialmente alvos de ameaças digitais”.
O estudo foi publicado com apoio da Dinamarca e faz parte da série da Unesco sobre liberdade na internet.
*Apresentação: Denise Costa.
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