Refugiados e migrantes a viver em território norte-americano devem contar sobre a situação dos direitos humanos no seu país de origem; primeiras conversas decorrem esta semana na capital Washington.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Comissão de Inquérito das Nações Unidas sobre Direitos Humanos na Eritreia está nos Estados Unidos para ouvir testemunhos em primeira mão de refugiados e migrantes.
A equipa está baseada na capital Washington, onde fica até sexta-feira. A visita da Comissão segue encontros similares do grupo com refugiados desde seu estabelecimento em junho. A Comissão já visitou seis países na Europa e na África e já ouviu mais de 400 refugiados eritreus e exilados.
Autorização
Os civis contam sobre a situação dos direitos humanos em seu país de origem e oferecem testemunhos sobre violações enfrentadas. O presidente da Comissão, Mike Smith, declarou que continua a tentar com que o governo da Eritreia forneça permissão para que a equipa visite o país como parte das investigações.
Mas, segundo Smith, ainda não houve resposta do governo e por isso a Comissão continua a buscar informações com a população a viver em outros países.
Confidencialidade
Eritreus nos Estados Unidos podem expressar por email sua vontade de falar com representantes da Comissão. O presidente do grupo garante que os testemunhos são totalmente confidenciais e que qualquer pessoa com informações sobre os direitos humanos na Eritreia estão convidados a participar.
A Comissão de Inquérito foi estabelecida pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em junho de 2014, com o objetivo de examinar uma série de violações que possam ter sido cometidas no país. As alegações incluem assassinatos extrajudiciais, desaparecimentos forçados, prisões arbitrárias, detenção, tortura e restrição às liberdades de movimento, de expressão, de opinião e de religião.
Um relatório final sobre os testemunhos colhidos será apresentado ao Conselho em junho próximo.