OMS quer intensificação dos serviços de imunização nos países com ébola
Agência destaca em especial campanhas de vacinação contra o sarampo nas áreas livres do ébola; mortes passam de 10 mil e infeções pelo vírus atingiram 24 mil pessoas, a maioria na África Ocidental.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, está a fazer um apelo por serviços de imunização de urgência contra várias doenças nos países afetados pelo ébola na África Ocidental. A agência quer também distribuição de medicamentos contra a malária nessas nações.
Em áreas que já estão livres do ébola, a OMS defende campanhas de vacinação em massa contra o sarampo. Segundo a agência, o surto do vírus ébola fez com que a cobertura de vacinação na Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa ficasse reduzida.
Estigma
A Libéria e a Guiné Conacri já vacinaram crianças menores de cinco anos contra o sarampo em alguns distritos, mas a OMS quer reforço das ações. O sarampo pode matar 145 mil pessoas por ano, a maioria crianças menores de cinco anos de idade.
Já as pessoas com malária, por exemplo, não conseguem receber tratamento porque têm medo de ir aos centros de saúde ou porque muitos desses estabelecimentos foram fechados.
A OMS divulgou várias recomendações aos países africanos a pedir que os programas de imunização e a vigilância continuem, com o uso seguro de seringas e o descarte seguro do lixo hospitalar.
O foco nas vacinas contra o sarampo e na entrega de medicamentos para malária faz parte dos esforços da OMS em apoiar a recuperação dos três países mais afetados pelo ébola. Até o momento, o vírus matou mais de 10 mil pessoas, entre 24 mil infectados, num período de um ano.
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