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Guterres sugere à UE “soluções” para reduzir mortes no Mediterrâneo BR

António Guterres. Foto: ONU/Jean-Marc Ferré

Guterres sugere à UE “soluções” para reduzir mortes no Mediterrâneo

Somente neste ano, 470 migrantes morreram tentando atravessar o mar, contra 15 no mesmo período em 2014; União Europeia recebe do alto comissário para Refugiados lista de propostas que envolvem operações de busca e de resgate.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, enviou uma carta à União Europeia com uma série de propostas sobre refugiados e migrantes que arriscam a vida tentando alcançar a Europa.

Guterres está oferecendo aos países do bloco “soluções” para os desafios das migrações no Mar Mediterrâneo e para diminuir o número de pessoas que perdem suas vidas.

Mortes no Mar

Segundo a agência da ONU para Refugiados, Acnur, desde o início do ano, 470 pessoas morreram ou desapareceram tentando a travessia pelo mar, rumo à Europa. No mesmo período de 2014, foram registradas 15 mortes.

As propostas de Guterres incluem o estabelecimento, pela Europa, de “uma operação robusta de busca e de resgate, similar à Mare Nostrum, implementada pela Itália até o ano passado.

Pedidos de Asilo

Outra ideia é que as empresas de navios que ajudam no resgate dos migrantes recebam uma compensação. O alto comissário pede à União Europeia que explore soluções para os refugiados que conseguem fazer a travessia e chegar ao continente, fornecendo apoio adequado a essas pessoas.

Alemanha e Suécia são os países que mais recebem pedidos de asilo, por isso Guterres quer mais solidariedade entre as nações europeias para combater o desequilíbrio. A carta sugere ainda mais apoio à Itália e à Grécia e propõe um projeto piloto para que refugiados sírios resgatados por esses dois países sejam encaminhados a outras nações.

Com o conflito na Síria completando quatro anos, o Acnur considera “imperativo” aumentar os meios legais de entrada de refugiados sírios na Europa.

É feito um apelo aos países europeus por maior compromisso em aumentar as oportunidades de admissão dos migrantes, para que as pessoas possam chegar ao continente sem passar pelas mãos de traficantes ou de movimentos irregulares.