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Em relatório, FAO promove “corredores agrícolas” como motores econômicos

Foto: FAO/J. M. Micaud

Em relatório, FAO promove “corredores agrícolas” como motores econômicos

Programas são desenvolvidos para fomentar agricultura em países em desenvolvimento; segundo o novo documento da agência da ONU, iniciativas podem impulsionar segurança alimentar em nações de baixa renda; um dos projetos citados está em Moçambique.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Programas de desenvolvimento a priorizar pequenos agricultores podem impulsionar segurança alimentar em países de renda baixa e levar importante capital privado para áreas agrícolas em necessidade.

A informação está em novo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO.

Países em Desenvolvimento

Os programas, também chamados de “corredores agrícolas” pela agência da ONU, destinam-se a fomentar agricultura em países em desenvolvimento, particularmente em locais ligados por linhas de transporte como rodovias, ferrovias,  portos e canais.

Os projetos integram investimentos, políticas e insituições locais. Segundo a economista de agronegócio da FAO, Eva Gálvez Nogales, “a idéia principal não é apenas fazer melhorias na infraestrutura de transporte ou irrigação, mas fornecer uma plataforma que possibilite e empodere autoridades locais, regionais e nacionais a tomarem decisões com mais informações sobre o que querem atingir”.

Em um comunicado publicado nesta quarta-feira, a FAO afirmou que tais corredores tem sido usados tradicionalmente para apoiar mercados em funcionamento, como, por exemplo, a ligar minas a portos.

Moçambique

No entanto, a agência mencionou que estes também podem ser aproveitados com objetivo de aprimorar oportunidades na agricultura e alcançar, assim, metas ambientais e de criação de empregos rurais, entre outras.

O relatório de 200 páginas analisa em detalhes seis casos específicos, incluindo um projeto em Moçambique, ainda, em grande parte, na fase inicial de implementação.

Segundo a diretora da divisão de Infraestrutura Rural e Agroindústrias da FAO, Eugenia Serova, além de impulsionar economias locais e acessar potencial de crescimento inexplorado, os chamados “corredores agrícolas” também podem ajudar nas ações de proteção ao meio ambiente.