Apreensão é particularmente com áreas não controladas pelo governo; agência da ONU para refugiados entregou ajuda em duas áreas em Luhansk.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, está “extremamente preocupado” com a piora da situação humanitária no leste da Ucrânia, particularmente em áreas não controladas pelo governo do país.
Segundo a agência, a falta de acesso a benefícios e serviços anteriormente fornecidos pelas autoridades centrais, piorou drasticamente a difícil situação da população civil. Isto foi agravado ainda mais por restrições a movimentação de pessoas e mercadorias.
Bombardeios
As condições em Donetsk e Luhansk são particularmente difíceis, com o abastecimento de água e eletricidade constantemente interrompido por bombardeios e ataques por foguetes.
Ainda há relatos de fortes bombardeios resultando na morte de civis, especialmente próximo à cidade de Debaltseve, onde houve intensos confrontos em fevereiro.
Os combates tornam muito difícil a entrega de assistência humanitária a muitos civis presos em áreas de conflito. A escassez de suprimentos básicos, incluindo alimentos, combustível e medicamentos causou o aumento dos preços dos itens disponíveis.
O Acnur também menciona o problema das baixas temperaturas para pessoas que vivem em casas danificadas ou abrigos.
Liberdade de Movimento
Segundo a agência, a liberdade de movimento é uma questão e civis estão constantemente presos na zona de conflito.
Apesar dos riscos de segurança, o Acnur e parceiros entregaram assistência não-alimentar para alguns dos civis que mais precisam, incluindo em áreas sob bombardeio frequente.
Deslocados e Refugiados
Pela primeira vez, a agência entregou ajuda a duas áreas em Luhansk até então inacessíveis para agências humanitárias, Novopskov e Markivka. De acordo com autoridades locais, cerca de 30% dos deslocados internos nessas áreas receberam assistência.
O número de deslocados pelo conflito na Ucrânia chegou a 1,1 milhão. Até o momento, mais de 674 mil ucranianos buscaram asilo, residência ou outras formas de permanência legal em países vizinhos, incluindo 542,8 mil na Rússia e 80,7 mil na Bielorússia.
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