Ban afirma que 2,4 milhões de mulheres e crianças foram salvas desde 2010

Secretário-geral fez a declaração no lançamento do relatório da Estratégia Global; Melinda Gates, da Fundação Bill e Melinda Gates, disse que próximo passo é preparar um Plano de Ação para os recém-nascidos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou esta terça-feira que 2,4 milhões de mulheres e crianças foram salvas no mundo desde 2010.

Ban fez a afirmação durante o lançamento do relatório sobre os progressos alcançados desde a criação, há mais de 4 anos, da campanha da Estratégia Global para a Saúde das Mulheres e Crianças "Every Woman, Every Child" ou Cada Mulher, Cada Criança.

O chefe da ONU disse que um número cada vez maior de mulheres e crianças está sobrevivendo.

Ban afirmou que mais menores recebem medicamentos para combater a diarreia e mais bebês têm acesso à  alimentação adequada e aos benefícios de saúde da amamentação.

Saúde reprodutiva

No evento, a cofundadora da Fundação Bill e Melinda Gates, classificou como um “incrível progresso” a redução de mortes maternas e da mortalidade infantil.

Melinda Gates disse que o próximo passo é  trabalhar num plano de ação para os recém-nascidos e apostar em mais serviços de saúde reprodutiva para mulheres e meninas.

Ban declarou que houve mais acesso a esses serviços, ao citar também o aumento de mulheres que estão tendo seus bebês em unidades ou clínicas de saúde.

Outro fator de avanço é que mais gestantes estão recebendo medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do HIV aos bebês.

Segundo Ban, mais de 300 organizações de governos, da sociedade civil, acadêmicos e representantes do setor privado "fizeram mais de 400 promessas específicas para promover a saúde e o bem-estar das mulheres e das crianças".

Parcerias

O chefe da ONU recomenda que a comunidade internacional aproveite essa dinâmica para  cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ODMs, que ainda não foram alcançados em relação ao fim das  mortes evitáveis e o investimento em mulheres, crianças e adolescentes.

Após reconhecer o trabalho árduo dos governos, Ban pediu ações conjuntas para maior rapidez. O outro desafio é ir além do setor de saúde para parcerias em áreas como educação, empoderamento das mulheres, energia, nutrição, água e saneamento.

Para chegar às pessoas em áreas de conflito e com necessidades humanitárias, o secretário-geral disse que são necessárias novas medidas.

Ban Ki-moon disse que um compromisso político contínuo, um aumento no financiamento e fortes parcerias podem acabar com as mortes evitáveis de mulheres e crianças de forma realista no período de uma geração.

*Apresentação: Edgard Júnior.