ONU apura necessidades a longo prazo após cheias mortais em Moçambique
Avaliação decorre esta semana com participação do Banco Mundial e da União Europeia; inundações fizeram pelo menos 170 mortos; representante da organização no país fala de mais três meses de apoio aos deslocados.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
As Nações Unidas, o Banco Mundial e a União Europeia estão a avaliar as necessidades de Moçambique após as cheias que mataram pelo menos 170 pessoas nas regiões centro e norte.
A informação foi dada à Rádio ONU, de Maputo, pela representante das Nações Unidas no país. Jennifer Topping detalhou as ações da equipa.
Desenvolvimento
"Está a trabalhar junto com o governo para começar a titular e avaliar especificidades ou efeito das cheias a médio e a longo prazo. As áreas incluem as infraestruturas sociais e económicas mas também, ao mesmo tempo, o impacto no desenvolvimento humano no sentido das ações em sistemas de educação, agricultura, saúde, nutrição de crianças e etc."
Segundo a representante, as autoridades moçambicanas baixaram o nível de alerta de "vermelho" para "laranja". A organização deve apoiar os afetados nos próximos três meses até que estes tenham condições mínimas para retomar a sua vida normal.
Zambézia
Ao lembrar-se do número de mortos, Topping disse que cerca de 170 pessoas perderam a vida nas inundações e mais de 160 mil ficaram afetadas. Os danos foram mais graves na província central da Zambézia com mais de 130 mortes seguida do Niassa, Cabo Delgado e Nampula no norte.
A representante revelou ainda que, neste momento, os centros de acolhimento da Zambézia acolhem 10 mil deslocados, cerca de um quinto dos que foram registados no início das inundações em janeiro.
O apoio humanitário envolve esquemas de comida pelo trabalho e a recuperação económica e social, tendo também em conta as necessidades produtivas em áreas que incluem a agricultura.