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Tratado global sobre controle do tabaco completa 10 anos com alguns avanços BR

Foto: ONU

Tratado global sobre controle do tabaco completa 10 anos com alguns avanços

Convenção Quadro da Organização Mundial da Saúde foi ratificada por 180 países até o momento, cobrindo 90% da população mundial; em média, 6 milhões de pessoas morrem por ano por doenças relacionadas ao uso do tabaco.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York

A Convenção Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde completa 10 anos nesta sexta-feira da entrada em vigor.

Falando à Rádio ONU de Genebra, a chefe do Secretariado da Convenção, Vera Luiza da Costa e Silva fez um balanço do acordo na última década.

Legislação

“80%  dos países que se tornaram parte ou fortaleceram a sua legislação ou criaram novos procedimentos legistativos para regular os procedimentos de controle de tabaco, ou seja, proibir a publicidade, propaganda, promoção e patrocínio de produtos de tabaco, aumentar impostos e preços, promoção de ambientes livres de fumo, campanhas educativas, advertências sanitárias no maços de cigarro e nos produtos de tabaco em geral. Internacionalmente, provavelmente na maior parte dos países do mundo, fumar se tornou um ato antissocial. A gente cada vez mais vai vendo a regulamentação desses produtos de tabaco nos países. Nos países da América Latina, isso é uma coisa bastante visível”.

Segundo a especialista, pesquisas recentes indicam que “dois em cada três consumidores morrem por causa do tabaco”

Ela declarou ainda que alguns países estão proibindo o fumo em carros onde viajem crianças e que um grupo de nações está se propondo a tornarem-se “sociedades livre de tabaco” com propostas de consumo em menos de 5% da população.

Vera Luiza da Costa e Silva também mencionou a expectativa de que os países ratifiquem o protocolo para eliminar o comércio ilícito de produtos de tabaco. Segundo a especialista, um em cada 10 cigarros fumados no mundo é ilegal.

Comércio Ilícito

“A importância de controlar o comércio ilegal é impedir cigarros avulsos nas ruas cujos maços não têm advertência, que têm uma possibilidade de compra, de aquisição, maior por crianças e adolescentes e consumo facilitado por populações de baixa renda.”

Ela afirmou ainda que seis milhões de pessoas morrem por ano por causa de doenças relacionadas ao tabaco. A especialista disse ainda que, em média, os fumantes vivem 10 anos menos que os não-fumantes.

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