“Proteção de civis” faz parte do mandato da ONU no Sudão do Sul
Afirmação foi feita pela representante especial do secretário-geral para o país durante visita à cidade de Bor; Ellen Margrethe Loj citou trabalho das forças da Missão da ONU no Sudão do Sul para abrigar mais de 100 mil sul-sudaneses em suas bases.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A representante especial do secretário-geral para o Sudão do Sul, Ellen Margrethe Loj, afirmou que as tropas de paz da ONU vão continuar a prover proteção para os civis sul-sudaneses.
Loj fez a declaração esta terça-feira, em visita à cidade de Bor. Ela citou os esforços feitos pelo batalhão da Etiópia e do pessoal das Nações Unidas em manter o mandato da Missão da ONU no país, Unmiss.
Segurança
A representante da ONU disse ainda que os 1,2 mil soldados etíopes estão a monitorar o frágil acordo de paz e a manter presença em Malakal, Bentiu e na capital Juba.
Loj, que também é a chefe da Unmiss, afirmou que “a proteção de civis faz parte do mandato da organização, tanto dentro das bases da Unmiss como fora delas”.
No total, a Missão da ONU tem 12,5 mil militares e mais de 1,3 mil policiais no país africano.
A situação da segurança no Sudão do Sul piorou no último ano desde o início da crise política entre o presidente Salva Kiir e o ex-vice-presidente Riek Machar, em dezembro de 2013.
Hostilidades
As hostilidades geraram um conflito aberto que levou 112 mil pessoas a buscarem refúgio em bases da Unmiss espalhadas pelo país.
Segundo a Missão, a crise deixou 1,9 milhão de deslocados internos e colocou mais de 7 milhões em risco de fome e de contrair doenças.
Apesar disso, Loj declarou que o recente acordo de paz entre as partes em conflito alimentou a esperança de um fim definitivo para os confrontos, que já duram um ano.
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