Missão da ONU condena execução de cristãos egípcios pelo Isil na Líbia
Unsmil pede que seja evitado que grupos terroristas aproveitem o caos político e de segurança; vídeo publicado na internet mostra trabalhadores coptas a serem decapitados.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Missão das Nações Unidas na Líbia, Unsmil, condenou com veemência a execução de egípcios em "mãos de terroristas" do grupo Isil na Líbia.
Agências de notícias informaram que um vídeo foi publicado com os supostos 21 cristãos, em macacão laranja, a serem decapitados. Eles foram raptados em dezembro e janeiro passados na cidade costeira de Sirte, no leste da Líbia, que é supostamente controlada por grupos islâmicos.
Grupos
Em nota, a Unsmil defende que o "crime terrorista contra os trabalhadores estrangeiros" do vizinho Egito deve ser rejeitado e denunciado por todos os líbios.
Após endereçar condolências às famílias das vítimas, ao Governo e ao povo do Egito a missão insta as partes interessadas na Líbia para trabalhar em conjunto para trazer a paz ao seu país. De acordo com a missão, o objetivo é evitar que grupos terroristas aproveitem o caos político e de segurança para se expandir nas suas terras.
Divisões
O comunicado realça que os "terroristas são os que se beneficiam" da continuação de combates e divisões na Líbia.
A nota encerra a destacar que somente através da unidade nacional e do diálogo pode-se chegar a uma solução pacífica para os problemas líbios além de consolidar um Estado e instituições capazes de derrotar os terroristas e prevenir tais atrocidades.