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FMI anuncia 17,5 mil milhões para reformas económicas na Ucrânia

Gasoduto na Ucrânia. Foto: Banco Mundial/Dmytro Glazkov

FMI anuncia 17,5 mil milhões para reformas económicas na Ucrânia

Em quatro anos, metas do programa incluem estabilização económica e recuperação do crescimento do país; agências de notícias dão conta do início de cessar-fogo no leste neste domingo, após cimeira de líderes em Minsk.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Fundo Monetário Internacional, FMI, anunciou esta quinta-feira que pode atribuir cerca de US$ 17,5 mil milhões para um programa de reformas económicas durante os próximos quatro anos na Ucrânia.

Com o Mecanismo Alargado de Financiamento pretende-se estabilizar a economia, restaurar o crescimento e melhorar os padrões de vida no país.

Recursos

Um acordo de nível técnico entre o órgão e as autoridades ucranianas prevê ainda que "consideráveis recursos adicionais" venham da comunidade internacional. O pacto deve ser aprovado após um encontro do conselho diretor do FMI a decorrer nas próximas semanas.

O anuncio surge após agências de notícias terem informado que os presidentes da Rússia, da Ucrânia, da França e a chanceler federal da Alemanha anunciaram a entrada em vigor do cessar-fogo no leste ucraniano a 15 de fevereiro.

Desde quarta-feira, Vladimir Putin, Petro Poroshenko, François Hollande e Angela Merkel  reuniram-se em cimeira na cidade de Minsk, em Belarus.

Base Industrial

O FMI disse que em 2014 a atividade económica da Ucrânia contraiu entre 7 a 7,5% no Produto Interno Bruto, PIB, devido ao conflito no leste. O resultado foi um custo significativo sobre a base industrial e as exportações, diminuição da confiança e aumento das pressões sobre o sistema financeiro.

O documento destaca que as políticas desenvolvidas pelas novas autoridades ucranianas, juntamente com técnicos do Fundo, visam enfrentar "muitos desafios da economia".

Crescimento

O foco do programa de reformas económicas é a estabilização macroeconómica imediata e as "reformas estruturais amplas e profundas que criem bases para um crescimento económico forte e sustentável a médio prazo."

O FMI disse que o orçamento deste ano teve um ajuste de despesas para reforçar as finanças públicas, o qual exigiu "medidas ousadas, mas necessárias, incluindo manter salários nominais e pensões fixas".

O órgão afirma que as autoridades desenvolveram uma estratégia global para promover a eficiência energética e a independência, além de aumentar a produção de gás doméstico e reestruturar a companhia de gás, a Naftogaz.